A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES DAS SOCIEDADES CAPITALISTAS: INTERFACES ENTRE CULTURA ESCOLAR E CULTURA SOCIAL

Yara Magalhães dos Santos, Patrícia Rodrigues Luiz Peixoto

Resumo


A partir da variável tempo no contexto escolar, o presente artigo se propõe a analisar quais formatações temporais foram legitimadas e instituídas na cultura escolar brasileira, bem como os possíveis desdobramentos que replicam na regulação temporal da conduta de diversos personagens da escola, notadamente, alunos e professores. A reflexão, originada a partir da pesquisa bibliográfica e concebida numa abordagem qualitativa, foi realizada por meio do levantamento de publicações que focalizam a demarcação do tempo nas sociedades urbanas industriais, cenário que abriga a expansão da institucionalização da escola na contemporaneidade e aponta semelhanças com a demarcação do tempo das escolas. O tempo formatado para a educação observa um direcionamento comum da demarcação temporal das sociedades capitalistas; mantém características desta cultura, como a rigidez de controle, a padronização, a seriação escolar e a jornada. Tal sincronia tem por finalidade atender a interesses sociais e direcionamentos culturais de uma sociedade regulada pela ordem do trabalho e do capital. Exemplos de possíveis desdobramentos desta formatação temporal são identificados em algumas interfaces existentes em processos como o sucesso e/ou o fracasso escolar para os alunos, e o bem e/ou o mal-estar docente para os professores.

Palavras-chave


Tempo escolar. Cultura escolar. Fracasso escolar. Mal-estar docente.

Texto completo: 43-69

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Programa de Pós Graduação em Educação - CUML | ISSN: 2238-4979 | Qualis: B1

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