A ATUAÇÃO DO SUPERVISOR DE ENSINO NO “PROGRAMA LER E ESCREVER” NAS CLASSES DE ALFABETIZAÇÃO
Resumo
A partir dos anos de 1990, foram instituídas reformas educacionais, de cunho neoliberal, no Brasil e, no estado de São Paulo pelos governos do PSDB. Uma dessas medidas foi a instituição do Programa Ler e Escrever, em 2008, pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, tendo como base o Ciclo Básico, o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores e o Programa Letra e Vida. Desse modo, essa pesquisa tem como objetivo analisar a atuação dos Supervisores de Ensino no Programa Ler e Escrever, nas classes de alfabetização. A análise dos dados buscou esclarecer as concepções desses profissionais em relação a implementação do Programa Ler e Escrever nas classes de alfabetização. Assim sendo, este estudo qualitativo, realizado por meio de entrevista semiestruturada, traz a voz de 4 (quatro) Supervisores de Ensino que atuam no Programa Ler e Escrever há pelo menos 2 (dois) anos, em 4 (quatro) diferentes Diretorias de Ensino. Conclui-se por meio desta pesquisa, que os Supervisores consideram o material bom, porém complexo; que os docentes resistem em estudar e preparar suas aulas, além de outros obstáculos de ordem social e econômica que prejudicam o desempenho dos alunos. Foi analisado, ainda, na percepção dos Supervisores de Ensino, que a formação do Programa Ler e Escrever é extremamente necessária, contudo, foi cessada por contenção de despesas, enfraquecendo o trabalho pedagógico realizado nas escolas que comportam o segmento dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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Programa de Pós Graduação em Educação - CUML | ISSN: 2238-4979 | Qualis: B1
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