CULTURA ESCOLAR E ESCOLAS INDÍGENAS DE DOURADOS/MT NO SÉCULO XX: O ENCONTRO ENTRE CULTURAS

Cristiane Pereira Peres, Alessandra Cristina Furtado

Resumo


O artigo propõe uma abordagem acerca da cultura escolar das escolas indígenas, a conhecer, a “escola da missão”, Escola Primária General Rondon e, a “escola do posto”, Escola Francisco Ibiapina, que foram criadas e instaladas em Dourados/MT pela Missão Evangélica Caiuá (MEC) na primeira metade do século XX. O ensino ministrado nas escolas indígenas manteve uma base religiosa, de fé protestante, que buscou construir uma cultura escolar por meio de práticas religiosas e cívicas, buscando “civilizar”, integrar e converter os indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena ao cristianismo e a preparação para o trabalho, em específico, o trabalho agrícola. Para compreender a escola enquanto produtora de cultura e de interações sociais, que constroem a cultura escolar e as representações, o estudo ancorou-se em autores como: Dominique Julia (2001); André Chervel (1990); Antonio Viñao Frago (2000, 1995, 1998) e Roger Chartier (1990). Resultados apontaram que, as práticas utilizadas pelos missionários no ensino ministrado nas escolas indígenas, demonstram que a cultura escolar que foi sendo construída por meio das relações sociais, culturais e educacionais, não representava os indígenas, mas, buscava impor uma nova maneira de viver e compreender o espaço e o tempo. Assim, os indígenas enquanto agentes sociais e culturais no espaço escolar e social, foram contribuindo com a formação da cultura escolar, negando, assimilando e ressignificando as práticas educacionais.

 


Palavras-chave


Escolas Indígenas. Cultura Escolar. Práticas. Representações.

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Programa de Pós Graduação em Educação - CUML | ISSN: 2238-4979 | Qualis: B1

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