OBJETOS DA ESCOLA: MODERNIDADES QUE (IM)PORTAM!
Resumo
No presente artigo intentamos refletir sobre diferentes modos de pensar e de fazer que ajudaram a edificar um projeto de escolarização da infância na segunda metade do século XIX. Compreendemos a materialidade escolar como portadora de um projeto de modernidade. Foram consultadas como fontes “fallas” de presidentes da província catarinense, ofícios expedidos pela Diretoria de Instrução Pública com pedidos dos professores e textos localizados em jornais publicados no período cujos dados indiciam sobre a circulação de argumentos em defesa de uma educação pública, moderna e obrigatória. Assim, entrecruzam-se dados que trazem informações sobre um projeto de escolarização da infância por meio de “fallas” de governantes e de professores, os primeiros enunciando um ideal de escola e os últimos dissertando sobre aspectos do fazer escolar intermediados pela materialidade. Trata-se de um conjunto de objetos solicitados por professores para compor salas de aula de escolas públicas primárias catarinenses no decorrer do período, através dos quais se busca perceber tensões entre discursos em torno da defesa de sua aquisição e argumentos utilizados por parte da Diretoria de Instrução Pública para o atendimento ou não de demandas materiais dos docentes. Embora reconheçamos singularidades no contexto catarinense, identificamos pontos em comum que corroboram com as análises em torno da existência de uma circulação internacional de ideias pedagógicas: a questão da necessidade de formação docente, a importância da definição de um método de ensino, a aprovação de leis da obrigatoriedade escolar, assim como a centralidade de questões relativas à infraestrutura e provimento material dos espaços educativos.
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Programa de Pós Graduação em Educação - CUML | ISSN: 2238-4979 | Qualis: B1
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